[center]

[justify]De acordo com ele, ainda não há razões absolutamente claras para explicar o recente aumento de demanda por essas duas carreiras em especial. Entretanto, Pedrosa infere que alguns aspectos podem estar influenciando na escolha dos vestibulandos. Um deles é o noticiário veiculado pela mídia em torno da possível ampliação do mercado de trabalho para profissionais qualificados, proporcionada pela execução de novos projetos nas áreas de infraestrutura, petróleo e biocombustíveis. “De alguma forma, isso pode estar contribuindo para orientar a opção profissional dos candidatos”. Em se tratando especificamente de Engenharia Química, prossegue o coordenador da Comvest, há de fato alguns segmentos em expansão.[/justify][justify]Destaque, nesse sentido, para os setores de extração mineral, petroquímica, fertilizantes e energia. “O início da exploração do petróleo da camada pré-sal, a produção de novos biocombustíveis e o desenvolvimento de novos fármacos e materiais sem dúvida podem abrir boas perspectivas profissionais para o engenheiro químico”, analisa. No que toca ao aumento de demanda pelo curso de Engenharia Civil, Pedrosa considera que as explicações não são tão evidentes. Ele lembra que a construção civil permaneceu estagnada por um bom período no país, mesmo antes da crise econômica. Apenas recentemente é que o segmento deu mostras de recuperação. “Entretanto, precisamos analisar, sob o ponto de vista do emprego, se há algum indicador dando conta de que haja, por parte da construção civil, uma demanda importante por engenheiros, ainda que o setor não venha demonstrando tanto vigor quanto o de petroquímica e energia, para ficar em dois exemplos”, assinala Pedrosa.[/justify][justify]De todo modo, acrescenta o coordenador da Comvest, o fato de a procura pelos cursos de engenharia da Unicamp estar em crescimento demonstra a percepção dos vestibulandos de que a instituição oferece um ensino de qualidade. Pedrosa destaca que a Universidade apresenta ainda uma característica única entre as escolas públicas de nível superior: a de manter cursos noturnos em áreas de engenharia. Tal iniciativa, diz, contribui para a inclusão de jovens que querem estudar, mas não podem abrir mão de trabalhar. “Talvez seja o momento de voltarmos a olhar para esse aspecto, e começarmos a discutir, por exemplo, se é o caso de a Engenharia Civil merecer um curso noturno. Também precisamos aprofundar as discussões em torno de uma entrada única para parte dos estudantes interessados em se tornar engenheiros, de modo que eles optem pela carreira somente ao final do primeiro ou no meio do segundo ano de estudo. Isso poderia fazer com que a escolha fosse mais madura, o que também ajudaria a evitar eventuais transferências e/ou desistências”.[/justify][justify]Para o diretor da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC), Leandro Palermo Júnior, as notícias positivas associadas à exploração do petróleo na camada pré-sal e o anúncio por parte do governo federal da execução de novas obras de infraestrutura, mesmo antes de o Rio de Janeiro ser escolhido para sediar os Jogos Olímpicos de 2016, podem de fato estar levando mais jovens a optar pela carreira de engenheiro civil. Ele aponta que alguns segmentos da construção civil vêm experimentando expansão, como o voltado à edificação de prédios “inteligentes”, cujos projetos objetivam cada vez mais a economia de energia e água. “Além disso, o retorno que estamos tendo de nossos ex-alunos indica que mesmo com a crise econômica recente, os projetos não pararam totalmente. No máximo, sofreram uma redução de ritmo. Com a retomada da atividade economia, penso que teremos boas perspectivas para os engenheiros civis”.[/justify][justify]Diretor da Faculdade de Engenharia Química (FEC), Osvaldir Pereira Taranto também concorda que o fator mídia possa estar levando mais estudantes a optarem pela carreira de engenheiro químico. Ele lembra que no Vestibular 2009 o curso em período integral registrou 30,5 candidatos para cada vaga. Este ano, a proporção subiu para 31,9. “A imprensa tem divulgado informações positivas sobre diversos setores que mantêm estreita ligação com a profissão, como a exploração de novos reservatórios de petróleo, a produção de novos biocombustíveis e a busca por soluções para a preservação do meio ambiente. Todas essas atividades exigem muita pesquisa e desenvolvimento, principalmente na nossa área de atuação”, explica. Taranto diz acreditar que o mercado de trabalho para o engenheiro químico deve manter a tendência de crescimento nos próximos anos em razão do surgimento de projetos tanto nessas quanto em outras áreas.[/justify][justify]Fonte: Comunicação Social Unicamp / Planeta Universitário.com[/justify]