A Marcos escreveu: É, vou analisa isto direito.
Trocar fiação está fora de planos, até pq estou de$provido de recur$o$ :p
Um fato que ocorreu hj pela manhã:
Mana desarmou o disjuntor do chuveiro e fui religar, mas percebi que os fios estavam bem quentes. Pior que é a fiação nova e exclusiva para o chuveiro :(
Vou dar uma breve explicação sobre o tema, possivelmente você já deve saber de grande parte, mas fica para consulta futura de outros membros com o mesmo problema.
Sobre o funcionamento básico do chuveiro
Todos nós sabemos que o Chuveiro transforma a energia elétrica em energia térmica, correto? Para explicar isso de forma simples, imagine que a resistência (um fio bem fino, dentro do chuveiro, geralmente se assemelha à uma mola), que esquenta muito ao passar a corrente elétrica por ela, porém, fica em contato direto com a água, quando há a transferência térmica entre os dois, diminuindo a temperatura da resistência e aumentando a temperatura da água.
Existe no chuveiro um dispositivo, que somente após abrirmos o registro, se encarrega de liberar a corrente elétrica para a resistência, através da pressão da água. Portanto, sem a água passando pelo chuveiro a resistência permanece sem corrente elétrica, afinal, sem a transferência de temperatura com a água, a resistência "queimaria", interrompendo a corrente e deixando de funcionar.
Porque o fio esquenta?
Geralmente no inverno as pessoas usam o chuveiro com maior frequência nas temperaturas mais quentes, escolhendo sempre a potência máxima.
Quanto maior a potência elétrica empregada na rede, maior deve ser o diâmetro (ou bitola) dos fios. Se a fiação não tiver a bitola recomendada para a potência do chuveiro, o fio tende a esquentar e dependendo do tempo derreter, podendo até em alguns casos mais estremos explodir, provocar curto-circuitos e choques, comprometendo até mesmo a segurança das pessoas da casa.
Existe uma fórmula para explicar o aquecimento do fio através da eletricidade, veja:
R = ᑭ ℓ / S Onde
R: resistência elétrica, dada em ohms.
ᑭ : resistividade elétrica do material (capacidade que um material tem de conduzir corrente elétrica à uma dada temperatura) dada em ohms por metro quadrado.
ℓ: comprimento em metros.
S: área da seção transversal em metros quadrados.
O material mais comum para a fabricação de cabos elétricos é o cobre, cuja resistência elétrica é da ordem de 1.72×10(elevado a -8)ohm/metro quadrado à 20 °C
Vamos supor que há em uma casa um chuveiro de 5500W, 220V e 30 ampéres, e que a distancia do chuveiro ao quadro de força é de 30 metros. Agora, para descobrir a bitola do fio:
Tem se 1 - P = V² / R e 2 - R = ℓ / S. Substituindo 2 em 1 fica:
*Em 1, P: Potência em watts "W"
V: diferença de potêncial, mais conhecida como voltagem; dada em Volts "V".
P = V² / ᑭ ℓ / S >> P = V² S /ᑭ ℓ
Trocando às variáveis pelos dados, fica:
5500 = 220²xS/1.72×10(elevado a -8)x30
S=0,02838m² ou 2,838mm²
Como há a venda fios de 2,5mm², 4mm², 6mm², etc. (há outros tamanhos, mas esses são destinados há instalações domésticas), obviamente que se deve colocar fios de 4mm².
Fonte:
http://forum.cifraclub.com.br/forum/11/189019/
Lembre-se que se o comprimento da rede aumenta, a bitola também deve ser maior.
Logo, é possível você mesmo calcular se a potência do seu chuveiro condiz com a bitola da fiação usada em sua residência para ele.
Normalmente, na época da construção das residências mais antigas, utilizavam-se fios de bitola menor pois o custo do fio "mais grosso" é sempre maior (devido ao custo do cobre) e pelo fato de que antigamente os chuveiros eram de menor potência do que atualmente.
Solução
Portanto, se seu chuveiro possuir uma potência maior do que a suportada pela rede elétrica, não há outra saída mais segura do que uma destas:
- Substituir a fiação 220V destinada ao chuveiro por uma com a bitola adequada;
- Substituir o chuveiro por um de potência equivalente à suportada pela fiação existente.
Utilizar disjuntores de menor resistência que desarmem para evitar o aquecimento e derretimento da fiação, aumenta a segurança, porém, ocasiona o interrompimento da eletricidade e aquecimento da água em banhos com o chuveiro em potência acima do suportado ou mais demorados.