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Vendas de máquinas para construção pesada dobrarão até 2014

Enviado: 13 de Novembro de 2009 às 18:26
por Equipe GdO
Vendas de máquinas para construção pesada se recuperam

Apesar da queda de 24% em 2009, estudo aponta que as vendas devem dobrar até 2014.

Em 2010, o mercado brasileiro de equipamentos de construção pesada deve experimentar forte recuperação. Estudo realizado pela Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção) projeta um crescimento de 24% para as vendas internas no próximo ano, com 48.005 equipamentos comercializados. A previsão fica apenas 5,7% abaixo do resultado de 2008, considerado ano atípico, mas já supera o desempenho do setor em 2007 - aproximadamente 34 mil unidades -, até então, o segundo melhor ano das últimas duas décadas.

Entre os fatores que estimulam a guinada nas vendas estão os reflexos do ano eleitoral que se aproxima e a consequente aceleração dos investimentos em infraestrutura previstos, por exemplo, pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e pela exploração da camada pré-sal. Somam-se a isso os compromissos assumidos para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, e uma influência em menor escala do programa Minha Casa, Minha Vida.

Nas vendas de linha amarela - retroescavadeiras, tratores de esteira, rolos compactadores, escavadeiras hidráulicas, carregadeiras, motoniveladoras, minicarregadeiras e caminhões fora de estrada - a Sobratema prevê uma ampliação de 18% em 2010.

Impactos da crise

No ano de 2009, ao contrário do que mostram as projeções, a pesquisa aponta que o setor de máquinas pesadas sofreu com os impactos da crise econômica e, até o final de dezembro, deve apresentar queda de 24% em relação ao ano anterior, com 38.670 equipamentos vendidos.
O motivo, além da retração generalizada, reside no excesso de estoque criado nos anos do boom, que desacelerou as compras das construtoras e locadoras após a crise, segundo explica o consultor econômico Rubens Sawaya, que participou da elaboração do estudo.

Perspectivas

O decréscimo do mercado brasileiro foi, no entanto, bem menos expressivo que a média mundial e as perspectivas para os próximos anos são mais animadoras. "O fato é que, no momento em que novas obras começarem, o estoque rapidamente se esgota e teremos um impulso nas compras de máquinas novas já em 2010", afirma Sawaya. Se a tendência se confirmar, o volume de vendas anuais deve dobrar e atingir 82 mil máquinas em 2014.

Os números do Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos de Construção 2009 referem-se apenas às vendas internas, desconsiderando a origem dos produtos - nacional ou importado - e avalia a demanda em quatro grandes setores consumidores de máquinas de construção pesada: infraestrutura, construção civil, mineração e agricultura. No entanto, "historicamente, a infraestrutura é o que puxa o setor de máquinas; ela e a construção civil são setores chave para a venda de equipamentos novos", especifica Sawaya.

Conteúdo por Pâmela Reis - Construção Mercado

Fonte: PINIWeb