Guia da Obra

[justify]O grupo Votorantim - líder nacional no mercado de cimentos - inaugurou hoje uma unidade siderúrgica, no município de Resende, no polo industrial sul-fluminense, já prevendo a expansão da usina em médio prazo. O diretor-superintendente da Votorantim, Siderúrgica, Albano Chagas Vieira, afirmou que a intenção é dobrar a produção em laminados que, inicialmente, será de 600 mil toneladas por ano. Para aços longos, a capacidade é de 1 milhão de toneladas por ano. "(A unidade) está com toda a infraestrutura, todas as obras concluídas. É necessário fazer apenas um investimento marginal agora", explicou o executivo, comentando que a ampliação terá um custo mais baixo. O investimento da usina foi de US$ 550 milhões e faz parte da estratégia do grupo de elevar a importância do segmento siderúrgico. O diretor geral da Votorantim. Industrial, Raul Calfat, revelou que, para seguir esta estratégia, a empresa optou por não suspender os investimentos na planta de produção de aço, mesmo depois do agravamento da crise internacional, no final do ano passado. Na época, lembra, a demanda por aço caiu drasticamente e agora, segundo ele, já dá sinais claros de recuperação. Calfat conta que no auge da crise todos os principais executivos do grupo se reuniram para redefinir a importância dos projetos em portfólio. "Uma série de projetos foi interrompida ou postergada. Mas decidimos que iríamos continuar com a Usina de Resende", afirmou o executivo. Segundo ele, o cenário mundial hoje mudou bastante, o que beneficia a entrada em operação da siderúrgica de Resende. "Iniciamos em um momento favorável", disse. "É só abrir os jornais para verificar a recuperação rápida da construção civil", completou. A companhia opera no Brasil com duas usinas, a de Resende e a de Barra Mansa, também no Rio de Janeiro, que tem capacidade para produzir em torno de 700 mil toneladas de aços longos. A Votorantim Siderúrgica tem unidades ainda na Colômbia e na Argentina. Juntas, as quatro unidades têm capacidade de produção de 2,7 milhões de toneladas. Ele revelou ainda que a entrada em operação da usina de Resende vai permitir à companhia vender parte da produção para o mercado internacional. A empresa criou há três meses um área específica para cuidar das exportações. Por enquanto, o destino dos produtos da empresa tem sido atender as necessidades das unidades na Colômbia e na Argentina, mas, segundo Vieira, a companhia está negociando com clientes nos Estados Unidos e na Ásia.

Fonte: Agência Estado / Portal Exame[/justify]