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Construção civil sustentável

Enviado: 23 de Agosto de 2009 às 23:44
por Equipe GdO
[center]Construção civil sustentável[/center]
Projetos privados, governamentais e de ONGs contribuem para valorizar a vida nos canteiros de obra e estimular ações cidadãs. Educação, qualificação profissional, inclusão e segurança são os principais focos das iniciativas

Rio - Sob maior atenção dos setores público, privado e de organizações não governamentais, o segmento da construção civil hoje cria mais condições de inclusão, investe em ações sociais voltadas à qualidade de vida dos trabalhadores e desenvolve políticas e parcerias para aprimorar a prevenção a doenças e acidentes laborais. Pátios de obra se abrem a mulheres. Projetos de ONGs e empresas permitem à ala feminina encarar o pesado e vencer o preconceito.

Na esfera governamental, foi criada este ano a Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no Trabalho, dentro do âmbito do Ministério da Previdência, com representantes também das empresas e de trabalhadores. O objetivo de fortalecer as políticas de prevenção e fiscalização acidentárias nas áreas da construção civil e também de transporte rodoviário de cargas. Com isso, foi dado um bom passo rumo ao que poderá ser chamada no futuro de construção civil sustentável.

As ações de educação e qualificação profissional são as que mais se destacam, sejam por iniciativa dos empregadores ou de entidades sem fins lucrativos. Patrocinado inicialmente pela Petrobras e hoje pela Eletrobrás, o ‘Mão na Massa’ — projeto lançado no fim de 2007 pelo Abrigo Maria Imaculada, no Rocha, Zona Norte do Rio — já formou 143 pedreiras, 70% estão empregadas. Durante o curso, elas recebem bolsa-auxílio, kit de ferramentas, lanche, vale-transporte e equipamentos de segurança.

“Buscamos fechar algumas parcerias, como as firmadas com empresas, as secretarias de Trabalho e Renda e o Seconci (Serviço Social da Construção Civil), para encaminhar as formadas. E também formatamos nosso próprio banco de empregos, que pode ser requisitado pelos empregadores”, explica Norma Sá, coordenadora do projeto.

A empresa de estruturas de concreto Cofix está entre os parceiros do ‘Mão na Massa’ e tem 16 operárias. A companhia mantém ainda o projeto Cosme e Damião, que qualifica funcionários e foi reconhecido por prêmio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic). “O ‘Mão na Massa’ já não consegue formar para suprir nossas necessidades. A meta é ter 150 mulheres carpinteiras”, diz Denise Rodrigues, diretora administrativa da Cofix.

Os Seconci’s recolhem 1% das folhas de pagamento para serviços nas áreas de saúde, educação e lazer voltados a trabalhadores e familiares. Ano passado, 7.300 empresas custearam consultas médicas de 429 mil profissionais. A Votorantim Cimentos investe mais de R$ 7 milhões por ano em ações sociais de educação e inserção de jovens no mercado de trabalho.

Pátios de obra e também de cidadania

O setor da Construção Civil criou o Dia da Construção Social, comemorado ontem, 22 de agosto. O evento, na terceira edição, observa conceitos de saúde, lazer e cidadania. Segundo o presidente da Cbic, Paulo Safady Simão, os serviços sociais e o aumento do número de estados envolvidos demonstram que os empresários absorveram a ideia. Investir na qualidade de vida dos trabalhadores gera motivação, melhora a produção e elimina desperdícios. No Rio, o Seconci promoveu ontem o ‘Arraial da Cidadania’, com casamento coletivo, atendimento médico e odontológico, além de shows e sorteio de cestas de alimentos.

Reportagem de Cristiane Campos e Leila Souza Lima

Fonte: O Dia Online

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