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Lucro da Holcim recua, com queda da demanda em países...

Enviado: 21 de Agosto de 2009 às 13:46
por Equipe GdO
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Lucro da Holcim recua, com queda da demanda em países industrializados
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GENEBRA - O grupo suíço Holcim, um dos maiores produtores de cimento do mundo, registrou queda de 35% no lucro líquido no segundo trimestre por causa do persistente declínio da demanda nos países industrializados, mas teve melhor resultado em economias emergentes.

O Brasil é um exemplo, com o produtor suíço destacando a "relativa resistência" do setor de construção à crise, que atribui a investimentos do governo em projetos de construção e baixas taxas de juros. A Holcim Brasil mantém "esforços de marketing" no segmento de cimento no país, com mais margem de ganho, ao mesmo tempo que diz ter aceito "conscientemente" um declínio em volumes.

O grupo não vê ainda sinal de reviravolta na difícil situação econômica, com os mercados dos EUA, Espanha e Europa do Leste especialmente ruins para a construção civil. Em contraste, coloca fé no crescimento econômico da Ásia, na Índia em particular, na América Latina e na África.

O lucro líquido no segundo trimestre caiu para US$ 424 milhões, comparado com os US$ 652 milhões no mesmo período do ano passado. As vendas caíram 20%, totalizando US$ 5,2 bilhões. A queda da demanda continuou na Europa, não se recupera nos EUA, e os resultados das vendas são positivos na Ásia e mistos na América Latina.

A atividade de construção continua em queda no México e em El Salvador, enquanto apresenta melhores resultados no Equador e na Colômbia. No Brasil, o setor mostrou resistência e, na Argentina, a queda na demanda interna foi parcialmente compensada por mais exportações. No total, as vendas de cimento na América Latina caíram 18,2%.

A Holcim vai acelerar a redução da capacidade de produção em todos os segmentos, globalmente. Além disso, depois da nacionalização de suas fábricas na Venezuela, considerou que a produção no Panamá e no Caribe não era mais viável e vendeu suas operações para a empresa colombiana Argos. Espera também cortar custos próximos de US$ 600 milhões até o fim do ano.

O grupo anunciou que refinanciou quase US$ 5 bilhões de dívida desde o começo do ano. Também aumentou o capital em cerca de US$ 2 bilhões para aquisições na Austrália e na China.

(por Assis Moreira | Valor Econômico para Valor Online)

Fonte: O Globo

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