Engenheiro morre após queda do 16º andar

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Engenheiro morre após queda do 16º andar

Mensagem por Equipe GdO »

Um engenheiro morreu na manhã de ontem ao cair de um elevador no 16º andar em um prédio em construção na CNB 13, em Taguatinga Norte. Eduardo Cássio Rocha, de 42 anos, era o engenheiro responsável pela obra.

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Foto: Alessandro Dantas

Segundo testemunhas, o engenheiro fazia uma vistoria na construção e estava subindo para o último andar do prédio com outros três operários, mas o elevador seguiu mais acima do que deveria. Eduardo teria tentado então descer e escorregou. Um operário disse que todos no elevador estavam sem os equipamentos de segurança.

Para o vice-presidente do Sindicato dos trabalhadores na Indústria Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon), João Barbosa, houve negligência. “Não existe fatalidade em acidentes de trabalho, mas sim falta de planejamento, de responsabilidade social e de administração”, enfatiza. “Assim como morreu uma, poderiam ter morrido mais pessoas. A construtora tem que ser responsabilizada, porque é de responsabilidade dela e também da empresa de elevadores”, afirma. Segundo Barbosa, somente em 2009, 15 pessoas morreram na construção civil no DF. “Isso acontece porque a multa é irrisória, apenas R$ 2 mil, podem morrer ainda mais pessoas”, destaca.

O vice-presidente do Sindicato dos trabalhadores na Indústria Construção Civil do DF ressaltou que é de grande importância o uso dos equipamentos de segurança: botina, capacete, cinto, luva e máscara.

Em nota, a Empresa Tera Empreendimentos Imobiliários, representada pelo senhor José Caboclo de Lima, informou que o Engenheiro Eduardo Cássio Rocha Pereira, em um momento de distração sofreu um acidente, caindo do 16º andar, vindo a falecer.

O Superintendente Regional do Trabalho substituto, Marcelo Pereira da Silva, disse que o principal problema foi o elevador ter travado, uma distância de aproximadamente dois metros acima da última laje. “O correto seria destravá-lo através do equipamento próprio do elevador, no piso térreo. Mas no momento, de acordo com testemunhas, o engenheiro resolveu saltar e, quando abriu a porta para sair, segurou na barra de cima e escorregou”, comenta. “Como era novo e robusto e se soltou, foi batendo de parede em parede até chegar ao piso, uma distância de cerca de 60 metros”, esclarece.

Marcelo Pereira informou ainda que foi feito um Termo de Interdição e que o elevador foi travado e interditado. “Recomendamos também que seja feita uma revisão de todos os equipamentos do elevador, que ficará interditado até que seja totalmente vistoriado”, afirma.

O laudo técnico com as verdadeiras causa do acidente ainda não tem data prevista para sair. “Só poderá ser emitido depois que o elevador estiver funcionando novamente. Nossa pressa é fazer o trabalho preventivo, e o que poderíamos fazer no momento era o embargo da obra ou a interdição do equipamento”, frisa Pereira.

O Ministério do Trabalho declarou, através da sua assessoria de imprensa, que o engenheiro do trabalho colhe, no momento do acidente, informações emergenciais e que o laudo não pode ser dado no momento. Informou também que para evitar acidentes é que acontecem as fiscalizações do trabalho, cujo principal objetivo é de evitar com que os acidentes ocorram e se as empresas estão cumprindo as medidas de seguranças impostas pela lei.

Por Emanuelle Coelho

Fonte: A Tribuna do Brasil
Imagem Imagem GUIA DA OBRA - Tudo sobre Construção e Reforma

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