Financiamento da Caixa dobra em Curitiba

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Financiamento da Caixa dobra em Curitiba

Mensagem por Equipe GdO »

Na capital do Paraná, concessão de crédito habitacional pelo banco atingiu R$ 1,1 bilhão. No Paraná e na média nacional, alta beirou 90% sobre o ano passado.

O volume de financiamentos imobiliários contratados pela Caixa Econômica Federal no Paraná cresceu 88% até 30 de novembro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2008. Foram R$ 2,5 bilhões em crédito no estado e 40 mil famílias beneficiadas. Em Curitiba, esse tipo de operação mais do que dobrou, chegando a R$ 1,1 bilhão, 103% a mais do que no ano anterior (R$ 539,4 milhões). No Brasil, a alta no crédito foi de 93% – R$ 39,3 bilhões em recursos e 756 mil contratos realizados. Nos três casos, o montante é recorde.

Minha Casa Minha Vida

Os valores anunciados ontem mostram que a concessão de crédito no Paraná acompanhou o peso do estado no PIB nacional. O Paraná representa 6,1% do total de riquezas produzidas no país e foi responsável por 6,3% do volume de financiamentos da Caixa.

Além de mostrar o bom momento da construção civil no país, os números também revelam o impacto do programa do governo federal Minha Casa Minha Vida, cujo objetivo é construir 1 milhão de moradias para famílias com renda de até dez salários mínimos. A Caixa tem exclusividade na gestão de recursos do programa.

Do total de contratos fechados no Paraná, 5.248 fazem parte do Minha Casa Minha Vida, o equivalente a R$ 274,8 milhões. No país, R$ 11,17 bilhões referem-se a contratações pelo programa (176.379 residências).

“Os dados mostram que mesmo num ano de crise o mercado imobiliário está crescendo muito, ganhando participação no total de crédito e do PIB do país. Isso é bom, porque até pouco tempo atrás esse era um mercado muito acanhado para o tamanho da economia brasileira. Em 2003, por exemplo, o crédito imobiliário em todo o país era de R$ 2 bilhões”, analisa Fábio Tadeu Araújo, diretor da Brain Consultoria.

No total financiado no Paraná, os mutuários contaram com R$ 827,4 milhões do FGTS, R$ 1,2 bilhão da poupança e R$ 472,6 milhões referentes a aplicações de outros recursos. Segundo a Caixa, o nível de inadimplência é de 1,9%. Para Gueber Roberto Laux, gerente regional de habitação do banco, isso decorre das facilidades nas condições de pagamento. “A linha de crédito da Caixa é a mais barata, com menor taxa de juros e 30 anos para pagar.”

O valor médio do financiamento no país foi de R$ 69 mil, número que reforça o esforço do governo em privilegiar a população de baixa renda. No Paraná, imóveis financiados com a poupança usaram o mesmo volume médio do resto do país. Já os financiados com o FGTS tiveram um valor médio mais baixo, de R$ 47 mil. Perspectiva.

Para o economista Fábio Araújo, a perspectiva é de que no próximo ano as operações de crédito imobiliário superam as deste ano. Além de o primeiro quadrimestre de 2009 ter sido bastante lento, por causa da crise financeira mundial, no próximo ano o governo deve tentar alcançar a meta do Minha Casa Minha Vida. Araújo também afirma que, com a retomada da economia, outros bancos também tentarão voltar ao mercado de financiamento habitacional, o que deve favorecer o consumidor. “Provavelmente veremos outros bancos baixando as taxas de juros para esse tipo de crédito”, diz.

Matéria de Breno Baldrati

Fonte: Gazeta do Povo / RPC
Repercussão

CEF diz que “carregou o mercado”

Para o vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, o total emprestado dentro da ação federal poderia ter sido muito maior, caso a Caixa não tivesse que suprir a falta de crédito em outras instituições financeiras. “No meio da crise, tivemos que carregar o mercado inteiro nas costas”, disse.

Hereda usou o argumento para justificar a distância que a Caixa está de cumprir a meta de um milhão de moradias financiadas pelo programa Minha Casa Minha Vida até 2010. Até agora, o banco contratou 176.379 unidades.

Para o vice-presidente do banco, no entanto, o objetivo será cumprido se a Caixa “não tiver que fazer a parte de outros bancos”, referindo-se aos empréstimos com recursos da poupança. “Vocês vão ver que a capacidade operacional da gente, que esse ano foi utilizada para suprir o mercado, vai estar toda em cima do Minha Casa Minha Vida”, afirmou ele.

A Caixa estipulou uma meta interna, com premiação para os funcionários, de atingir 400 mil contratos neste ano, mas Hereda preferiu chamar o número de “desafio” e reiterou o objetivo de completar um milhão no próximo ano.

Por Folhapress
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