Trabalho na construção civil não retoma nível pré-crise

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Trabalho na construção civil não retoma nível pré-crise

Mensagem por Equipe GdO »

Mesmo com os programas governamentais que, direta ou indiretamente, incentivam a construção civil, como o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), o mercado de trabalho no setor até outubro ainda mostra desempenho abaixo do período pré-crise. Dados do Caged, tabulados pelo Departamento Técnico do Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio) mostram que foram criados 26.156 novos postos de trabalho no mercado formal da construção civil em outubro.

O volume é 19,9% inferior ao apurado em igual mês do ano passado. No acumulado do ano, o cenário é pior: o saldo positivo no número de postos de trabalho de janeiro a outubro é de 210.360, número 30,58% inferior ao mostrado em igual período em 2008 (303.031).

A construção civil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é a que mais utiliza mão-de-obra informal. Pelos critérios do IBGE nesta categoria estão não somente os trabalhadores sem carteira assinada, como também os trabalhadores por conta própria. Também lidera, ao lado do comércio, o ranking dos setores mais intensivos em mão-de-obra formal.

O ritmo ainda lento não impede que a construção civil esteja entre os setores que mais impulsionam o emprego formal, segundo o Caged. Em outubro em torno de 11% do total de vagas criadas no mês (230.956) vieram do setor. Com base principalmente na retomada do quarto trimestre, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sintracon-SP) acenou na semana passada para uma possível tentativa de antecipar a negociação dos reajustes de salários para o próximo ano para evitar falta de trabalhadores.

Para o diretor-executivo do Sinduscon-Rio, Antônio Carlos Mendes Gomes, o ritmo da retomada no setor da construção ainda não ganhou velocidade. Isso, na análise do executivo, deve ter contribuído para um menor volume na criação de novos postos de trabalho até outubro. O lançamento de novos empreendimentos não ocorre, este ano, na mesma proporção observada no período anterior à fase mais aguda da crise global, iniciada em setembro do ano passado. "Acho que o termo 'lentidão na recuperação da construção' explica muita coisa", afirmou. Para Gomes, embora o governo tenha estimulado o setor com os programas do PAC e o lançamento do programa habitacional para famílias de baixa renda, o "Minha Casa, Minha Vida", estes empreendimentos ainda não conseguiram atingir a maturidade necessária para uma criação mais robusta de novos empregos na construção. "Talvez em 2010 estes programas estejam mais maduros", comentou.

A retomada menos ágil da construção também foi percebida pelo mercado financeiro. O analista da Fator Corretora Eduardo Silveira comentou que as construtoras que lidam com empreendimentos voltados para a baixa renda até conseguiram manter um bom ritmo de lançamentos, mas não as voltadas á população de classe média. "De uma maneira geral, as obras vinham em um bom ritmo do quarto trimestre de 2007 até o primeiro semestre de 2008. Mas, depois disso, com a chegada da crise, o ritmo desacelerou expressivamente", disse.

Fonte: Jornal do Comércio
Imagem Imagem GUIA DA OBRA - Tudo sobre Construção e Reforma

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