O resultado não foi pior porque construções iniciadas antes da crise não foram interrompidas. Não se para obra a partir de um determinado estágio. Mas sem novos lançamentos imobiliários, o setor que esperava crescer 8% neste ano agora trabalha com uma taxa próxima de zero e não descarta queda.
Segundo José Otávio Carvalho, vice-presidente executivo do Sindicato Nacional da Industria de Cimento (Snic), o mês de julho mostrou o primeiro sinal de efetiva retração na taxa de 12 meses. E existe uma tendência de piora, já que os lançamentos foram interrompidos no final do ano passado.
— O setor desacelerou com a piora da crise, mas continuou crescendo em ritmo menor. Só que em julho as vendas apontaram para baixo, com uma queda de 4,3% na comparação ao mesmo mês do ano passado — afirma José Otávio.
É uma sinalização ruim do atual momento da construção civil.
O setor de cimento reflete o momento imediato de obras no mercado imobiliário e de infraestrutura. Como o produto não resiste ao tempo e ocupa grande espaços, não existe formação de estoque. É da mão para boca, não fica no prato.
Segundo José Otávio, o setor deposita agora suas apostas no programa "Minha Casa Minha Vida", do governo federal, o que poderá evitar quedas fortes e segurar o patamar das vendas nos atuais níveis, após crescimento de 10% ano a ano desde 2006.
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[left]Enviado por Bruno Villas Bôas (6/8/2009 às14h56m)[/left]
[left]Fonte: O Globo.Com[/left]