Cuidar da entrada de várias pessoas que todos os dias passam pelas portas e portões de prédios, condomínios e portarias de fábricas não é um trabalho simples. Quem faz isso é o porteiro. Vem dele o primeiro ‘bom-dia'' de milhares de pessoas que vão para casa ou para o trabalho. E a demanda pela profissão vem crescendo. O movimento acontece devido ao forte crescimento da construção civil nos últimos anos, que gerou aumento de prédios e condomínios.
Segundo dados do Ministério do Trabalho, existem cerca de 400 mil porteiros no País. O Estado de São Paulo emprega quase 40% dessa mão de obra, cuja demanda é crescente.
Piso baixo - Mesmo com a existência de cursos para treinamento, não existe a obrigatoriedade de formação para ser porteiro. O piso salarial em São Paulo é baixo para a categoria: R$ 540. Um vigilante, por exemplo, ganha R$ 860 em início de carreira e está obrigado a ter o 4º ano do Ensino Fundamental e um curso específico na área. Já o porteiro acaba aprendendo na prática a desempenhar a função.
Instrutor de um curso para porteiros, Dinei Rodrigues, 62, afirma que a procura das empresas por esses profissionais está muito maior que a quantidade de pessoas que recebem formação para a área. "Nós treinamos no curso cerca de 60 porteiros por semana. E as empresas parceiras ofertam, por semana, 300 vagas. Falta gente para trabalhar", afirma Rodrigues. O curso que ele ministra já treinou 6.000 porteiros, desde 2007, no Grande ABC.
O treinamento para porteiros é curto: tem carga horária de dez horas, sendo ministrado em apenas um dia da semana. O curso é focado nas áreas de segurança patrimonial e de relacionamento humano. Muitas vezes os instrutores levam o curso para as empresas, prédios e condomínios, treinando os porteiros no próprio local de trabalho.
Hoje, muitos prédios e condomínios usam circuito de vídeo e computadores para monitoramento visual, como auxílio na segurança. É o porteiro quem responde pelo sistema de vigilância da entrada do empreendimento. Ele é o encarregado por identificar os moradores e visitantes.
Milvânia Carvalho, 32, cuida da portaria de um prédio comercial no bairro Campestre, em Santo André, mas é registrada como recepcionista. As câmeras eletrônicas são a principal ferramenta do seu trabalho. Elas estão na entrada, na passagem até o prédio e dentro dos elevadores. "Às vezes as pessoas não notam que o elevador tem câmera e acontecem algumas situações engraçadas ali", conta, sorrindo.
Há quase um ano como porteiro, Róbson Evangelista da Silva, 22, também de Santo André, acredita que seria importante ter mais formação para o trabalho, por isso ele valoriza o treinamento básico que teve na empresa onde é contratado.
"Eu aprendi mesmo na prática. Mas reconheço que o mínimo de treinamento ficaria difícil começar na profissão", revela.
Por Márcio Silva, do Diário do Grande ABC
Fonte: Diário do Grande ABC
Construção melhora e demanda porteiro
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