Na teoria, profissionais da construção civil são aqueles que devem aguçar o senso de responsabilidade e conhecimento para aquilo em que está concentrado o seu trabalho, pois estruturas formadas deverão estar preparadas para suportar vendavais, furacões, mudanças de temperatura, e vários outros fatores inerentes às construções. Na prática, nem sempre é o que acontece. Prova disso é o número expressivo de edificações que tem ido ao chão ou sido comprometidas diante de fortes rajadas de vento. Até onde as obras de Criciúma e região são capazes de suportar ventos de até 100 Km/h como o registrado na última quinta-feira?
Especialista em cálculo estrutural e professor do curso de engenharia civil da Unesc, o engenheiro civil Alexandre Vargas associa o problema à falta de contratação de mão de obra especializada e qualificada. "Independente do tamanho da obra, é fundamental procurar uma empresa de boa procedência. Deve-se buscar profissionais gabaritados e não levar em consideração somente o preço, pois além do fator segurança, a reconstrução ou correção de uma obra mal-feita pode custar 125 vezes mais cara", observa o professor. Segundo ele, a engenharia é regida por normas, que estabelece vários parâmetros. "Em Criciúma, por exemplo, elas têm que ser erguidas para suportar ventos na ordem de 162 Km/h", diz.
Fiscalização precisaria ser mais atuante
Para o engenheiro civil Édio Castanhel, que está no mercado há 30 anos, o vento não é o principal "culpado" pelos estragos em postes, pavilhões industriais, postos de combustíveis, casas. "Há muitas obras que permanecem intactas e aparentam qualificadas, até que o vento não dê as caras. O vento é fato e a construção tem que ser feita para resistir a ele. Por isso a importância de contratar profissionais de responsabilidade. O consumidor deve estar atento à qualificação da empresa que está oferecendo o serviço e a edificação pronta", sugere. "E muito cuidado com as promoções mirabolantes", alerta. Para Castanhel, falta fiscalização mais efetiva do Crea. "Todos sabem sobre as normas, mas só à base de vistorias rígidas para que todos as coloquem em prática".
Há quase 20 anos no ramo da construção civil, o dono da construtora Fontana, Olvacir Bez Fontana, conta que dos 63 prédios que a empresa já ergueu em Criciúma e região, nenhum apresentou problemas provenientes de fenômenos climáticos. Ele atribui a isso ao cumprimento das determinações da associação brasileira de normas técnicas. "Em nossas edificações são empregados materiais testados e de qualidade. Do concreto ao aço, passando pela execução, seguimos um padrão que suportaria até ventos mais fortes que os registrados ultimamente", garante Fontana.
Matéria de Rodrigo Medeiros - A Tribuna / Saimon Novack - Da Redação
Fonte: A Tribuna
Edificações suportam ventos fortes?
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