Construtoras na mira dos investidores

[justify]A crise que neste mês está de aniversário, surpreendeu até mesmo os mais pessimistas com relação à recuperação do país. O Ibovespa – índice que mede as variações das cotações das empresas no mercado de ações teve uma alta invejável a outros países nos últimos meses.

O destaque foi o setor de construtoras, que é, hoje, uma das aplicações mais seguras e com lucro rentável feita por investidores e especuladores. “A alta foi a partir de abril, quando o Governo Federal anunciou a construção de 1 milhão de casas, além de outros fatores, como a volta do crescimento no setor de construção civil e imobiliário”, justifica o corretor Jair Dall’Agnol. As ações de empresas do setor tiveram valorização de até 160%, tornando as empreiteiras e construtoras as campeãs de indicações de investimentos.

O Ibovespa teve o pico de crescimento em maio do ano passado, quando atingiu os 73.700 pontos na Bolsa de Valores, chegando em outubro a seu pior desempenho, com 29.430 pontos. Entretanto, hoje, mesmo após o país ter enfrentado um período de crise, o índice mostra sua recuperação, estando na casa dos 62 mil pontos. “É possível se dizer que em um ano de crise, o Brasil já se recuperou 70%, e não irá recuperar-se 100% até o fim do ano devido a uma peculiaridade, que é o fato de que o nível tende a se manter no último trimestre devido às férias; investidores se afastam”, explica Jair.
Um dos fatos que chamou a atenção foi o número de fusões ou de compras de grandes empresas. Foram casos como o da Sadia e Perdigão, que se tornou a Brasil Foods; a do Itaú, Unibanco e Porto Seguro; a do Banco do Brasil com a Sulamericana e a venda de quase metade da Votorantin para o Banco do Brasil. “Todas essas fusões ou compras eram coisas que já estavam programadas. Não tiveram muito a ver com a crise”, diz.

Tornando-se investidor
Além de garantir um retorno quase que garantido, o investimento de capital em ações na Bolsa de Valores também é uma opção de pessoas que buscam no mercado de ações uma carreira para seguir, mesmo depois de estar aposentado, como vários casos relatados pelo corretor Jair Dall’Agnol. “O investimento no mercado de ações estimula as pessoas a continuarem ativas, mesmo após já ter seguido uma carreira e estar aposentando, como é o caso de vários clientes meus”, afirma ele.

Para quem possui dinheiro de sobra na conta, o corretor indica que mesmo não havendo valor mínimo para investir na Bolsa, é necessário ser prudente e não ultrapassar a aplicação de 30%, tendo em vista as constantes reações do mercado, o que pode desfavorecer os mais inexperientes. “Também é bom seguir análises técnicas, indicações das corretoras e de profissionais do mercado”, recomenda Jair aos iniciantes, que reconhece também a facilidade do trabalho de compra e venda de ações, tendo em vista que hoje, todas as movimentações são feitas via internet, sem os famosos gritos e telefones, símbolos do capitalismo no fim do século passado.[/justify]
Por Leandro Czerniaski

Fonte: Aqui Sudeste