Tijolos fabricados a partir do lodo

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Tijolos fabricados a partir do lodo

Mensagem por Equipe GdO »

As estações de tratamento de água da Compesa em todo o estado produzem por dia uma média de 400 metros cúbicos de lodo. O que fazer com o resíduo sólido das estações de água é uma preocupação nacional das companhias de saneamento. Ontem, no primeiro dia do 25º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, que está sendo realizado no Centro de Convenções, em Olinda, e vai até a próxima sexta-feira, a Compesa apresentou o resultado de uma pesquisa em parceria com o Instituto Tecnológico de Pernambuco (Itep) e propõe usar o lodo para fabricação de tijolos.

Os testes feitos no laboratório do Itep apontam que o tijolo de cerâmica pode receber na mistura da argila até 15% de lodo desidratado. A vantagem é evitar o despejo do material orgânico no meio ambiente e ainda proporcionar uma economia de 15% da matéria prima usada pelas olarias para fazer os tijolos.

O tijolo ecológico teve aprovação da Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH), mas o estudo vai passar agora para uma segundaetapa que deve durar dois anos e servir para verificar a durabilidade e resistência do produto. "Vamos iniciar a produção em tamanho real com testes mais específicos que atendam o uso para a construção civil", explicou a engenheira Cláudia Ribeiro, da gerência de inovação tecnológica da Compesa.

A desidratação do lodo é feita na própria estação de tratamento de água. O primeiro passo é fazer a descarga do material que se acumula nos tanques de decantação. Em seguida, o lodo é colocado em um leito de secagem e no bag (uma espécie de peneira), que serve para retirar a umidade. "Depois de desidratado, o lodo se assemelha a um barro úmido", explicou a engenheira. A operacionalização do produto para chegar às olarias é ainda uma incógnita. De acordo com a engenheira, será preciso apenas definir o transporte do material.

O uso do lodo na cerâmica não será suficiente para atender a demanda do estado. Por isso, outras pesquisas já está sendo desenvolvidas para que o produto possa ser usado também na fabricação do solo cimento e concreto. "As cerâmicas devem absorver cerca de 50% do lodo, o restante deverá ter outra destinação", explicou Cláudia Ribeiro. Antes de ter um destino nobre, o lodo era despejado no leito dos rios. A medida passou a ser proibida por lei e as companhias passaram a ter como opção os aterros ou encontrar formas de destinação a partir de pesquisas.

Fonte: Vida Urbana / Diário de Pernambuco

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