Impermeabilização em Muros de Arrimo

Assuntos sobre construção de alvenaria comum, alvenaria estrutural, drywall, paredes e muros em geral.
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Impermeabilização em Muros de Arrimo

Mensagem por Equipe GdO »

Impermeabilização em Muros de Arrimo

Os muros de arrimo ou paredes de contenção são estruturas dimensionadas para suportar fortes pressões (solo, solo saturado com água, etc) e são elementos também muito agredidos pela água quando mal impermeabilizados.

A escolha do impermeabilizante deve ser feita em acordo com a necessidade técnica do local garantindo um sistema impermeabilizante eficiente, são diversos os tipos de impermeabilizantes que podem ser utilizados em muro de arrimo, entretanto neste texto vamos tratar de dois sistemas.

Basicamente existem duas formas de impermeabilizar muros de arrimo. Do lado externo (lado que encostará o solo) e do lado interno. Sob este aspecto a impermeabilização do lado externo trás maiores vantagens sobre a executada pelo lado interno, pois quando impermeabilizamos externamente estamos impedindo que a água ou umidade entre na estrutura, enquanto que a impermeabilização executada do lado interno (pressão negativa) trata a face interna, permitindo assim que a água ou umidade penetre na estrutura.

Na possibilidade de elaborar e executar um sistema impermeabilizante em pressão positiva, o mesmo deve seguir os passos seguintes:
  1. Escolha do Impermeabilizante: A escolha do impermeabilizante deve ser feita em acordo com a necessidade técnica do local garantindo um sistema impermeabilizante eficiente, são diversos os tipos de impermeabilizantes que podem ser utilizados em muro de arrimo para impermeabilização em pressão positiva (Emulsão Asfáltica, Solução Asfáltica, Mantas Asfálticas, entre outros), vamos nos ater neste texto a formar um sistema impermeabilizante com Manta Asfáltica acabada em Geotextil.
  2. Preparação da Superfície: O substrato que irá receber o impermeabilizante deve ser regularizado, ou seja, o mesmo deve estar totalmente plano para que seja possível uma perfeita aderência da manta asfáltica impermeabilizante no mesmo, a manta asfáltica deve ser 100% aderida neste substrato.
  3. Imprimação: Após a preparação e cura da superfície a mesma deve ser imprimada com primer ou hidroprimer para receber a manta asfáltica impermeabilizante, esta imprimação é indispensável e de extrema importância para aumentar a aderência da película.
  4. Aplicação da Manta Asfáltica: Após a secagem da imprimação que gera em torno de 2 a 4 horas, pode ser iniciado a aplicação da manta asfáltica, esta pode ser aderida com auxílio do maçarico de gás GLP através da “queima” do filme de polietileno e aderindo a mesma na seqüência. As mantas asfálticas devem ser unidas através de um transpasse com no mínimo 10cm e posteriormente estes transpasses devem receber um acabamento conhecido como biselamento para perfeita vedação. A impermeabilização deverá subir nas verticais (muro de arrimo), ultrapassando no mínimo 50cm acima do nível máximo previsto para reaterro. Iniciar a colagem sempre que possível pelo nível mais baixo.
  5. Proteção Mecânica: Sobre a impermeabilização, executar chapisco de cimento e areia, traço 1:3, utilizando água de amassamento composta de 1 volume de emulsão adesiva e 2 volumes de água, caso haja necessidade de proteção mecânica executar uma argamassa desempenada de cimento e areia média, traço 1:4.
Na impossibilidade de elaborar e executar um sistema impermeabilizante em pressão positiva, o mesmo deve ser feito em pressão negativa, para isto, deve ser utilizado impermeabilizantes que suportem a ação da água agindo desta forma a seguir segue os passos para executar uma impermeabilização em pressão negativa:
  1. Escolha do Impermeabilizante: A escolha do impermeabilizante deve ser feita em acordo com a necessidade técnica do local, assim como na impermeabilização utilizando materiais flexíveis em pressão positiva a impermeabilização em pressão negativa deve ser analisada e estudada, pois em situações de impermeabilização com esta característica deve ser levado em consideração que a estrutura estará em contato com a água, podendo através deste provocar patologias na estrutura, são diversos os impermeabilizantes que podem ser aplicados, em sua grande maioria rígidos e semi-flexível, neste texto vamos nos ater ao uso de argamassa polimérica.
  2. Preparação da Superfície: O substrato que irá receber o impermeabilizante deve ser regularizado, ou seja, o mesmo deve estar totalmente plano para que seja possível formar uma película impermeabilizante uniforme. O substrato deverá apresentar-se limpo, sem partes soltas ou desagregadas, nata de cimento, óleos, desmoldantes etc. Para tanto se recomenda a lavagem com escova de aço e água ou jato d'água de alta pressão. Ninhos e falhas de concretagem deverão ser tratados com argamassa de cimento e areia, traço 1:3.
  3. Preparação do Produto: Por ser bi-componente o produto tem vem pré dosado e deve ser misturado de acordo com as recomendações do fabricante.
  4. Aplicação do Produto: Com a superfície úmida, porém não encharcada, aplicar as demãos necessárias para cada caso, conforme tabela de consumo indicado por cada fabricante. As demãos deverão ser aplicadas no sentido cruzado em camadas uniformes com intervalos de 2 a 6 horas dependendo da temperatura ambiente.
  5. Proteção Mecânica: Se necessário sobre a impermeabilização, executar chapisco de cimento e areia, traço 1:2, seguido da execução de uma argamassa desempenada de cimento e areia média, traço 1:3, utilizando água de amassamento composta de 1 volume de emulsão adesiva e 2 volumes de água.
Fonte: Instituto Brasileiro de Impermeabilização
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