Gerdau percebe melhora dos mercados mês a mês

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Gerdau percebe melhora dos mercados mês a mês

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São Paulo e Porto Alegre - O diretor presidente da siderúrgica Gerdau, André Gerdau Johannpeter, afirmou hoje que o grupo percebe a evolução gradual dos mercados a cada mês, ao divulgar os dados do segundo trimestre, considerado por ele um período "difícil". Johannpeter observou que a crise "ainda não terminou", mas considerou que o ciclo de menor produção já foi vencido e, por isso, o grupo não prevê a necessidade de realizar, nesse momento, novos ajustes de pessoal.

Um dos indicativos da melhora gradual dos mercados foi o comportamento de julho, indicou Johannpeter. As vendas consolidadas do grupo no mundo subiram 16% em volume no mês passado, em comparação com junho. Além disso, a Gerdau já começa a fazer a contratação de pessoal ligado à construção civil, que mostra sinais de retomada no Brasil.

A companhia optou por divulgar seus números de abril a junho comparados com o primeiro trimestre de 2009, em vez de usar como referência o segundo trimestre de 2008. O grupo argumentou que os dois períodos estão inseridos no mesmo contexto econômico - ou seja, após o aprofundamento da crise financeira mundial, a partir de setembro de 2008. O resultado do segundo trimestre deste ano registrou um impacto negativo de R$ 1,080 bilhão relativo a perdas com baixas de ativos.

O vice-presidente executivo de finanças da empresa, Osvaldo Schirmer, explicou que a adoção do padrão contábil internacional (IFRS, na sigla em inglês) obriga a Gerdau a fazer o chamado teste de recuperação, pelo qual é verificado se o valor contábil dos ativos está atualizado. O impacto contábil registrado pelo grupo refere-se a três tipos de eventos: baixa contábil de ativos imobilizados, de ativos intangíveis e de ágio em aquisições. O efeito de cada um foi de R$ 440 milhões, R$ 300 milhões e R$ 230 milhões, respectivamente, além dos R$ 100 milhões referentes a outros eventos.

Schirmer destacou que 90% desses efeitos não têm impacto sobre o caixa. Além disso, ele disse que, quando um ativo que estava paralisado volta a operar, o valor subtraído nesse momento é revertido posteriormente. O efeito líquido, após o Imposto de Renda, foi de R$ 796 milhões no resultado. Se fossem desconsiderados esses efeitos, o resultado do trimestre seria positivo em R$ 467 milhões, disse a Gerdau. A empresa anunciou prejuízo de R$ 329 milhões no período.

Preços
Após uma queda de 9% no segundo trimestre, a Gerdau prevê que os preços dos produtos siderúrgicos ficarão estáveis no Brasil no segundo semestre do ano. As operações da Gerdau, informou Johannpeter, começam a entrar no ritmo de 60% a 70% de utilização da capacidade instalada sem detalhar a evolução desse índice.
No contexto atual, ele considerou o desempenho "razoável". Questionado sobre o plano de investimentos de US$ 3,6 bilhões em cinco anos (2009-2013), Johannpeter reforçou que o orçamento é continuamente revisado para se ajustar ao comportamento do mercado. Ele disse que ainda não há uma definição precisa sobre o valor a ser aplicado em 2010. Em 2009, a Gerdau prevê aplicar US$ 550 milhões, dos quais US$ 391 milhões já foram executados no primeiro semestre.

O crescimento de 2,5% do Produto Interno Bruto global em 2010, previsto pelo Fundo Monetário Internacional, deve se refletir em expansão do consumo de aço no próximo ano, considerou o executivo. No Brasil, o aumento do crédito, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e a queda de juros colaboram para a retomada da indústria e da construção civil, disse ele. Ele relatou que a Gerdau recebeu consultas sobre soluções em aço para habitação popular, que será alvo do programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida.

Alto-forno da Açominas
A Gerdau informou hoje que optou por manter a operação do alto-forno 2 da Gerdau Açominas. No início de julho, a empresa havia anunciado a retomada da operação do alto-forno 1, que estava em manutenção desde dezembro de 2008, mas disse que paralisaria o alto-forno 2, de menor porte. "As perspectivas mais favoráveis que se verificam no mercado internacional levaram a companhia a decidir por manter também a operação do alto-forno 2, embora tenha sido anunciada a sua paralisação temporária em meados de julho", anunciou a empresa.


Segundo a Gerdau, a unidade aumentará seus níveis de utilização de capacidade de forma gradual, até o completo reaquecimento do mercado. No segundo trimestre, as vendas da Gerdau somaram 3,378 milhões de toneladas, uma alta de 10,4% em relação ao primeiro trimestre. Para a empresa, o aumento pode ser explicado pela recuperação da construção civil e pela reposição dos estoques de aço ao longo da cadeia produtiva. Em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, quando vendeu 5,524 milhões de toneladas, houve uma queda de 38%.

Por Natalia Gómez e Sandra Hahn

Fonte: Abril.com / Agência Estado
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