Locação de imóveis ignora a crise

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Locação de imóveis ignora a crise

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Por José Roberto de Toledo

O mercado imobiliário, especialmente o de aluguéis, vem mostrando um fôlego muito acima das expectativas sombrias

Crise, demissões, incertezas. Estas foram palavras recorrentes entre o final de 2008 e o início deste ano, corroboradas pelo sem- número de notícias de fechamento de milhares de postos de trabalho por todo o Brasil, dólar em disparada, bolsas de valores em franca queda no Brasil e no mundo.

Não restam dúvidas de que o cenário econômico é outro, bem longe do clima de euforia que tomou conta dos mercados nos últimos cinco anos. Este é um momento em que, sim, a cautela deve falar mais alto, bem como o bom senso e a prudência são quesitos fundamentais para todos aqueles que não querem naufragar no mar revolto da economia atual.

É natural que as pessoas adiem decisões em uma situação nebulosa. Mas ninguém, em sã consciência, irá guardar dinheiro embaixo do colchão. Com a recente diminuição das taxas de juros e a volatilidade do mercado de capitais, que ainda perdura, é necessário, e salutar, buscar alternativas.

Neste sentido, é um alento saber que o mercado imobiliário, especialmente o de aluguéis, navega tranquilo em meio à crise. Mais do que isso, vem mostrando um fôlego muito acima das expectativas sombrias do início do ano. Para quem possui imóvel ou tem capital para adquirir um, trata-se, evidentemente, de uma boa notícia.

O aquecimento neste mercado manteve-se, felizmente, em um patamar bem razoável. Basta dizer que a procura por imóveis para locação residencial cresceu 36% em nossa empresa no primeiro bimestre deste ano, na comparação com os dois primeiros meses de 2008. E o número de novos contratos fechados aumentou cerca de 20%. A diferença se dá apenas e tão-somente em razão da escassez de casas e apartamentos em relação ao perfil da demanda, o que significa dizer que, na maioria dos casos, a maré está para peixe.

O crescimento foi sentido em todas as regiões da capital paulista, e foi mais significativo em áreas próximas de faculdades, devido ao início do ano letivo. Para os próximos meses o prognóstico continua favorável, uma vez que a procura continua intensa, especialmente por apartamentos de um e dois dormitórios, com uma vaga na garagem e valor de aluguel em torno de R$ 900,00 a R$ 1.000,00. Há fila para alugar esse tipo de imóvel em São Paulo.

Na área de locação comercial identificamos elevação de 18% no número de novos contratos fechados no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2008. Salas e conjuntos comerciais representaram 50% dos novos negócios, seguidos por lojas, com 30%, casas comerciais, com 15%, e galpões e armazéns, com 15%. O maior aumento de novos contratos de aluguel ocorreu entre os imóveis comerciais de valor mais elevado, que tiveram elevação de 30% no primeiro bimestre deste ano, na comparação com igual período de 2008.

A atual situação do mercado locatício se deve, de um lado, ao fato de que houve nos últimos anos expressiva ascensão do poder aquisitivo da classe C. São jovens casais e pessoas que se encontram no início de sua atividade econômica e buscam moradia, alguns dos quais se arriscam no financiamento imobiliário para aquisição da casa própria, enquanto outros preferem a locação como alternativa para ficarem próximos ao local de trabalho ou no mesmo bairro de seus familiares.

Historicamente, o imóvel sempre foi sinônimo de segurança contra as oscilações da economia. Conheço muitas pessoas que, imunes a qualquer crise, mantêm carteiras de imóveis e complementam seus rendimentos com os valores de aluguéis recebidos mensalmente. Para eles não há preocupações com os juros, o dólar ou o vaivém das ações, apenas em manter o imóvel ocupado por inquilinos que paguem o aluguel em dia, e com as correções anuais estabelecidas em contrato.

Evidentemente alguns cuidados são essenciais, mesmo em um mar calmo, como o da locação. Por isso quem deseja migrar para esse tipo de investimento deve munir-se de informações confiáveis sobre o mercado, buscar assessoria especializada e jamais pensar que tudo será fácil. A vocação do imóvel, a região onde está instalado, suas condições estruturais e o rendimento que se deseja obter são fatores relevantes que devem ser analisados com muito cuidado. Escolher certo é essencial, para que a unidade seja alugada e passe a dar retorno financeiro rapidamente.

Mesmo que a economia não tenha, nos próximos anos, o desempenho de outrora, é certo que ainda haverá considerável demanda na área imobiliária, principalmente nas grandes metrópoles, como São Paulo, com muito espaço para quem deseja investir sem correr riscos.

Fonte: De Olho na Notícia
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