Suspeita de má qualidade barra aço turco no Brasil

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Suspeita de má qualidade barra aço turco no Brasil

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São Paulo - Um carregamento de 15 mil toneladas de aço longo (os vergalhões, usados na construção civil), trazido pelo navio de bandeira turca Senanur Cebi está confinado no cais de Capuaba, no porto de Vitória, sob a suspeita de má qualidade. A carga é o centro de uma disputa entre o Instituto Aço Brasil (IABr, o antigo IBS), entidade que representa as empresas nacionais de siderurgia, e a Intermesa, uma das maiores tradings do setor, responsável pela importação.

O navio chegou a Vitória em 10 de dezembro. O IABr entrou com ação cautelar de produção antecipada de provas na Justiça de Vitória para apreensão da mercadoria e realização de prova pericial. Com uma liminar, o instituto conseguiu que os vergalhões não fossem desembaraçados antes da perícia. Segundo laudo preliminar do perito José Lage Moreira, nomeado pela Justiça, há uma série de problemas, como falha de padrão nas bitolas dos feixes de aço - todas fora das especificações do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Moreira agora prepara um segundo laudo, mais completo.

O mais grave é que as barras de 10 milímetros "apresentaram trincas quando submetidas ao ensaio de dobramento." Ainda de acordo com o laudo, "colocar no mercado barras que não atendem às propriedades mecânicas estabelecidas pela norma brasileira coloca em suspeição a segurança de edificações construídas com esse material". Em outras palavras, segundo Marco Polo de Mello Lopes, presidente do instituto, "prédios construídos com esse material podem cair".

Os vergalhões foram produzidos pela siderúrgica turca Kaptan Demir e importados pela Intermesa, que os negociaria no Brasil. Executivos da importadora foram procurados nos escritórios de São Paulo, Rio e Belo Horizonte, mas não foram localizados. A empresa entrou com recurso. As 15 mil toneladas de vergalhão, segundo cálculo do IABr, seriam suficientes para a construção de 120 prédios populares, com 100 apartamentos de 50 metros quadrados. As informações são do jornal.

Fonte: Agência Estado / O Estado de S. Paulo / Abril.Com
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