Vendas de materiais de construção devem crescer 15,7% em 2010. Também a produção da indústria de materiais teve queda de 9% de janeiro a outubro de 2009, em relação ao mesmo período do ano passado.
A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) estima que as vendas internas do setor deverão crescer 15,7% em 2010. A expectativa é de recuperação em relação ao desempenho apresentado este ano, que de janeiro a outubro caiu 14,81%. Também a produção da indústria de materiais teve queda de 9% de janeiro a outubro de 2009, em relação ao mesmo período do ano passado.
A expansão esperada para o Produto Interno Bruto (PIB) da construção em 2010 é de 8,8%, para toda a cadeia. Conforme estudo realizado pela FGV Projetos a pedido da associação, até 2016 as vendas de materiais terão crescimento real de 77,7%.
O presidente da Abramat, Melvyn Fox, avalia que a expectativa de crescimento das as vendas do segmento em 2010 é realista. "Estamos baseando essa projeção em fatos reais, já decididos", disse. A expansão esperada tem como base a produção de moradias para o programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida", a retomada do consumo de materiais de construção pelas famílias, além da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, segundo Fox.
Ele reiterou que as vendas internas de materiais de construção devem ter queda de 8% a 10% este ano. De janeiro a outubro, as vendas domésticas de materiais caíram 14,81% em relação ao mesmo período do ano passado. A produção teve retração de 9% até outubro. "O primeiro semestre foi muito ruim para a indústria de materiais", afirmou Fox.
Quando a crise financeira internacional se acirrou, em outubro de 2008, os estoques do varejo e das construtoras estavam em patamares acima da média, o que contribuiu para a queda das vendas da indústria. A retração do crédito para o consumidor no varejo até março também está entre os principais fatores para a redução das vendas pelos fabricantes de materiais.
Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) da construção caiu 8,4% no terceiro trimestre, na comparação com o intervalo equivalente de 2008. De janeiro a setembro, a queda acumulada é de 9,1% ante o mesmo período do ano passado. Os números divulgados pelo IBGE refletem a produção física de materiais.
Na avaliação de Fernando Garcia, pesquisador da FGV Projetos e coordenador do estudo "Cenário macroeconômico 2009-2016", divulgado hoje pela Abramat, o PIB medido pela produção física de materiais de construção deve crescer de 1,5% a 2% no quarto trimestre, e encerrar o ano 7% abaixo do registrado em 2008.
A redução apontada pelo PIB divulgado na semana passada já vinha sendo mostrada pelos números da Abramat até outubro. Mas essa queda não reflete a recuperação das atividades das construtoras este ano, como destacou o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) recentemente. O crescimento do PIB do setor de construção deve ser de 1% este ano, segundo cálculos da FGV realizados a pedido do Sinduscon-SP
Fox também garantiu que, apesar do aumento esperado nas vendas no próximo ano, não faltará produtos. "As indústrias de materiais estão utilizando, em média, 85% da capacidade instalada. Se nada fosse feito, poderia haver falta em um ou outro segmento, mas o 'Termômetro Abramat' de novembro apontou que 60% dos fabricantes pretende investir nos próximos 12 meses", disse Fox.
Em meados de 2009, cerca de 33% das indústrias tinham a intenção de realizar investimentos. O presidente da Abramat disse que essa parcela crescerá ainda mais. Conforme Fox, há investimentos já anunciados não concluídos em função do agravamento da crise financeira internacional que deverão ser completados. Em 2007 e 2008, as fabricantes de materiais investiram em expansão de suas capacidades.
No fim do ano passado, esse movimento perdeu força com a piora do cenário econômico. A indústria de materiais de construção está preocupada com a entrada de produtos chineses no País, como disjuntores, cadeados e aço, que concorrem com os fabricados no Brasil.
Segundo o presidente da Abramat, há produtos importados que não estão em conformidade técnica com as exigências do setor, e, em alguns casos, o custo do material é maior que o do produto. "Isso pode acabar resultando no fechamento de fábricas", disse Fox. A Abramat está levantando informações a respeito dos materiais de construção importados. "Queremos fazer um trabalho conjunto com o governo", disse.
Fonte: Agência Estado / Bem Paraná
Vendas de materiais de construção devem crescer 15,7%
- Equipe GdO
- Moderador do fórum
- Mensagens: 991
- Registrado em: 26 de Janeiro de 2007 às 20:02
- Localização: São Paulo - SP - Brasil
- Atividade ou Profissão: Notícias
- Contato:
-
- Tópicos Semelhantes
- Respostas
- Exibições
- Última mensagem
-
- 0 Respostas
- 3676 Exibições
-
Última mensagem por nicolly01
-
- 0 Respostas
- 1337 Exibições
-
Última mensagem por storetelecom269
-
- 0 Respostas
- 8734 Exibições
-
Última mensagem por Equipe GdO
-
- 0 Respostas
- 4691 Exibições
-
Última mensagem por grmartins
-
- 0 Respostas
- 11080 Exibições
-
Última mensagem por Equipe GdO
-
- 0 Respostas
- 11654 Exibições
-
Última mensagem por gui123