Comércio e construção civil puxam expansão da economia baiana.
A economia baiana manteve o ritmo de expansão no terceiro trimestre deste ano. Com o crescimento de 2,3% entre julho e setembro no Produto Interno Bruto (PIB), a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) está estimando que o crescimento em 2009 deve ser de 1,5%. Os setores de serviços, comércio e a construção civil puxaram a economia baiana para cima, com crescimentos de 5,5%, 6,2% e 5,3%, respectivamente.
O impacto das políticas de transferência de renda do governo federal na economia baiana, que tem 48% da população classificada nas classes D e E, é apontado como um dos responsáveis pelo bom desempenho da Bahia. Em relação ao Bolsa Família, principal programa do gênero, por exemplo, existe a participação de 28% das famílias baianas, o dobro da média nacional, que é de 14%, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). O quadro se repete no Benefício Assistencial de Prestação Continuada (BPC) e no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti).
“As políticas de transferência de renda e o crescimento da massa salarial alavancaram o consumo das famílias”, analisa o diretor-geral da SEI, Geraldo Reis. Exemplo do que ele diz pode-se perceber através do desempenho do comércio varejista. Entre janeiro e setembro deste ano, as vendas de produtos de consumo cresceram, elevando o desempenho dos supermercados baianos em 8,3%. Os produtos de uso pessoal e domésticos cresceram 37,5%, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio.
Na expectativa de aproveitar o bom ritmo de consumo da população do Estado, a loja de departamentos Leader, que abriu a primeira unidade na Bahia no segundo semestre, pretende encerrar o ano com mais três lojas na Região Metropolitana de Salvador (RMS). De acordo com nota à imprensa, a Leader informa que o mercado baiano surpreendeu positivamente, com vendas entre 20 e 30% acima do previsto.
Para crescer, o PIB baiano precisou mais uma vez superar o desempenho negativo da indústria e o da agropecuária. A explicação para a persistência do mau resultado é que tratam-se de atividades com forte dependência do que acontece fora do Brasil. “Aqui no País, a economia se recuperou, mas as exportações dependem da recuperação de outros mercados, como o americano”, ponderou o secretário de Planejamento do Estado, Walter Pinheiro. Para ele, a recuperação vai exigir um pouco mais de paciência.
Previsão - Apesar de estar bastante abaixo do resultado de 2008, quando a economia baiana cresceu 5,1%, o prognóstico de crescimento de 1,5% foi considerado bastante positivo e rendeu até comparações com outros momentos da economia e da política baianas. “Nós não vamos colocar três outdoors para dizer que o nosso PIB está bem maior que o do Brasil porque isso não faz sentido na lógica atual, mas trata-se de um crescimento de 200%”, ressaltou Walter Pinheiro.
O diretor-geral da SEI, Geraldo Reis, fez questão de ressaltar que o prognóstico é feito pelos técnicos da autarquia, com o maior rigor técnico e sem nenhuma interferência política. “As pessoas que fazem esse cálculo são bastante conservadoras e não há nenhuma possibilidade destes números terem sido calibrados”, destacou.
Por Donaldson Gomes, do A TARDE.
Fonte: A Tarde
Comércio e construção civil puxam expansão da economia
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