A utilização de madeiras provenientes de reflorestamento ainda não é uma alternativa economicamente atraente, principalmente porque a mão de obra para este tipo de trabalho é mais cara. Porém, do ponto de vista ambiental, essa opção vem se tornando cada dia mais presente.
Tanto o eucalipto quanto o pinus se prestam bem à construção. O pinus, apesar de ser pouco utilizado, apresenta resistência inferior à do eucalipto, embora também seja compatível com a norma técnica NBR 7190, da ABNT.
O tratamento químico é uma questão polêmica. As usinas fornecedoras de madeira preservada o defendem, argumentando que a vida útil das madeiras expostas ao sol e à chuva aumenta de 3 para 30 anos, no mínimo, quando tratadas. Por outro lado, isso pode representar uma agressão à natureza, já que as as madeiras tratadas não são biodegradáveis nem podem ser incineradas, o que liberaria produtos tóxicos no ar.
Quem discorda da obrigatoriedade do tratamento afirma que se a madeira for empregada em locais sem contato com o solo, a chuva e o sol, a autoclave (processo de tratamento) não é necessária.
O processo de preparo desse tipo de madeira inicia-se na área de reflorestamento, de onde ela é cortada e levada para usinas onde são limpas (retiram-se resíduos de casca, galhos, terra, nós e mato) com o auxílio de um machado. Seguindo as dimensões encomendadas, são feitos os cortes eliminando-se as pontas que normalmente racham quando a árvore é serrada na floresta. As toras são colocadas para secar ao natural, controlando-se a umidade do ar (o teor de umidade ideal é de 15%) com um aparelho. Se as madeiras forem tratadas, depois de secas elas vão para a autoclave, onde, através de uma operação que alterna vácuo e alta pressão, os preservativos químicos são injetados nas peças, conferindo-lhes resistência ao ataque de insetos, como brocas e cupins, e de fungos.
São colocadas plaquetas metálicas no topo de cada uma, para que não rachem.
Como outros materias, a madeira de reflorestamento tem que ser impermeabilizada. Porém, devem ser evitados produtos que formem filme sobre a madeira, como o verniz. Como ela se dilata e se contrai conforme a umidade do ar, essa proteção apresentará fissuras que descascarão e acumularão água e fungos. Assim, recomenda-se o uso de stain, produto que impermeabiliza sem criar película e que deve ser reaplicado a cada três anos.
Existe uma entidade, a Associação Brasileira dos Preservadores de Madeira (ABPM), que congrega os fornecedores de madeira preservada para construção.
Fonte: Revista Arquitetura & Construção - set/98.
Madeiras Reflorestadas na Construção
- Leandro
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