Gestão Do Capital Humano – Transformando Potenciais

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Gestão Do Capital Humano – Transformando Potenciais

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Angelica Kernchen

Por conceito, o capital humano de uma empresa é a sua força de trabalho. Todas as pessoas que trabalham pela organização, que agregam valor a ela, que geram resultados financeiros e estabelecem relações sociais estão inclusas nesse capital. O grande desafio aqui está em como gerenciá-lo.

Conforme Juan Carlos Lara Canizares, mestre em Administração de Recursos Humanos e sócio-consultor da PRODH Desenvolvimento Humano, a constante busca por mecanismos que visam o aperfeiçoamento profissional da força de trabalho tem feito com que a gestão de pessoas crie novas estratégias e ferramentas para converter o potencial humano em desempenho. Uma dessas práticas inovadoras é a gestão do capital humano, que, segundo ele, sugere que o investimento na educação e no conhecimento gera um capital intelectual a ser usufruído pela organização para contribuir com outras áreas estratégicas, desafiando-as a se tornar produtivas e altamente competitivas.

Gerenciar o capital humano compreende aplicar ações para que a contribuição das pessoas com o ambiente de trabalho e com a organização seja potencializada. “Dependendo da orientação estratégica da empresa, seja ela focada em produtos, processos ou clientes, essa gestão deverá contribuir de maneira eficaz na integralização das competências individuais dentro de seu sistema produtivo e em suas áreas estratégicas, táticas e operacionais”, complementa Canizares.

Muitos mecanismos e ferramentas surgiram nos últimos anos para ajudar na difícil missão do gerenciamento desse capital, e todas elas convergiram da mesma premissa: favorecer a relação entre o indivíduo e o trabalho. “Um princípio básico dessa gestão é minimizar ameaças ao processo criativo por meio de ações focadas na melhora dos processos e da qualidade dos resultados”, diz Canizares.

Rugenia Pomi, cofundadora e diretora executiva da Sextante Brasil e da Genesis Desenvolvimento e Potencialização Humana, destaca que é importante e necessário implantar sistemas que disponibilizem informações aos gestores, viabilizando decisões estruturadas e confiáveis: “Hoje temos diferentes pesquisas sobre a comunidade interna, sobre a percepção dos clientes que integram e complementam uma visão organizacional. Ferramentas como pesquisas de Satisfação do Cliente Interno, Mapeamento Cultural, Pesquisa de Clima e Compromisso e Engajamento podem e devem ser aplicadas”.

O diagnóstico do clima organizacional é uma importante fonte de informações para detectar as situações de ameaça ao talento humano e definir quais os indicadores para mensurar os avanços da gestão, conforme Canizares. “Se considerarmos que o talento manifesta-se plenamente somente em condições ou em ambientes favoráveis, podemos afirmar que os indicadores para a gestão do talento humano relacionam-se com: índices de produtividade, satisfação com o trabalho e desenvolvimento profissional”, aponta.

Conservando seus talentos

Para Rugenia, uma empresa deve ser vista como um ser vivo e biológico, pois é formada por um núcleo de pessoas que se atraem para materializar seus sonhos de forma colaborativa, equilibrada e autossustentada. E nesse sentido, as organizações deveriam, em seu plano de gestão, estar atentas à conservação de seus talentos, já que eles concentram as relações internas e externas, o conhecimento de processos, a história e os valores da empresa.

“É necessário aplicar abordagens objetivas e qualitativas na gestão e conservação do capital humano. Entretanto, o ponto central é conhecer, conhecer e conhecer sua força humana, sua força de trabalho... mas conhecer de um ponto de vista ampliado, antropológico, holístico, fazendo as seguintes perguntas: Quem são estas pessoas que produzem os resultados? O que elas pensam? O que sentem? Quais seus desejos e anseios? O que as motiva? Quais seus valores e princípios? Em que acreditam? O que valorizam? O que os faz felizes? Benefícios e salários são importantes, mas o mais valorizado nesta relação empresa/empregado ainda é o compromisso, a motivação e a paixão dos empregados por seu trabalho, pelo ambiente e o reconhecimento de que há justiça nas regras do jogo da empresa. Quando há comunhão entre lideranças e liderados, quando o time está alinhado e unido em busca de um propósito, tudo corre bem”, declara Rugenia.

Segundo a Pesquisa Brasileira em Gestão do Capital Humano - Benchmarking 2009, da Sextante Brasil, os maiores desafios das empresas para 2010 são: 1) Desenvolvimento da Liderança contemporânea, educadora e inspiradora; 2) Sistemas de Desenvolvimento de Carreira e Sucessão, 3) Compromisso dos Gestores com Gestão de Pessoas, 4) Gestão do Clima Organizacional e 5) Retenção de Pessoas.

E já que a preservação do talento ganhou destaque e grande preocupação, Canizares diz que para evitar evasão ou perda do seu capital intelectual para o mercado ou para a concorrência deve-se levar em conta a necessidade de, por meio da negociação, manter e melhorar as condições em que o exercício profissional acontece. “Por um lado, a organização preocupa-se em conservar as condições ideais de trabalho, tendo como retorno o usufruto do desempenho. De outro lado, o colaborador preocupa-se em aproveitar as condições favoráveis de trabalho para produzir os melhores resultados possíveis, tendo como retorno ganhos na sua realização profissional”.

A permanência de um profissional talentoso é um ganho para a organização, e as trocas entre empregado e empresa é que possibilitam essa estabilidade. “Se ele não vislumbra um futuro promissor na empresa, é muito provável que cogite a ideia de novos rumos profissionais”, finaliza Canizares, sem antes deixar de alertar que a falta de expertise das lideranças organizacionais em lidar com situações de grandes mudanças e de conflitos também é uma ameaça, e se o colaborador não encontrar suporte para estabelecer a harmonia no ambiente, existe a probabilidade de deterioração do capital intelectual, refletindo na saída desse profissional da empresa.

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